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sexta-feira, 13 de maio de 2011

JAMAICA E JAPãO UNIDOS PELA MúSICA REGGAE




Akihiko Narisawa chegou na Jamaica a cerca de dois anos com um objetivo em mente: encontrar música jamaicana autêntica e produzida por artistas jamaicanos, depois enviá-la para o seu país, Japão, onde o amor pela música reggae transformou-se quase num culto.
"Interessa-me pelo reggae e quero conhecer mais sobre esta música, entender um pouco mais sobre a cultura da Jamaica e da sua gente?, disse Narisawa. "A única maneira de entender a Jamaica é estando aqui?.
Este graduado em economia de 30 anos de idade está a cargo da Oasis Music (baseada em Tóquio) na Jamaica e envia milhares de álbuns por mês para o Japão.
Narisawa é um dos poucos japoneses que emigraram para a terra do reggae para emergir na sua música e na sua cultura.

Indústria milionária

O amor sentido no Japão pelo reggae ganhou corpo na era dos anos 80. Akihiko Narisawa é um apaixonado pela música reggae.

O estilo de Bob Marley tomou o mundo de surpresa, inspirando revoluções sociais e colocando a Ilha caribenha dentro dos primeiros postos no multimilionário mundo da indústria musical.

Os jovens japoneses abraçaram este fenómeno. Agrada-lhes as letras sinceras, os sons, o ritmo e a energia dos músicos jamaicanos.
Hoje em dia, o Reggae é uma música que move milhares de dólares no Japão e os músicos jamaicanos estão impulsivamente concentrados nas suas produções.

Na Jamaica, podem-se ver jovens japoneses caminhando calmamente pelas ruas, conversando em populares sítios como Trench Town, buscando inspirações na comunidade de Bob Marley.

Estão nos estúdios de gravação e produção comprando o que os selos chamam de autêntica música jamaicana.

Para os amantes do reggae no Japão, existem variados serviços tais como o que oferece Narisawa.
"Vou nas distribuidoras ou aos estúdios e compro gravações para fazer cd`s, depois envio-os por barco à central da minha companhia que se situa em Tóquio?, disse, Phillip George, um Jamaicano a cargo da empresa Japonesa Rockers Island que também exporta música para o Japão. Ele afirma que o negócio é rentável.

No ano passado, por exemplo, a Rochers Island enviou mais de 800.000 gravações para o Japão, e segundo George, atualmente existe uma lista com mais de 130.000 pedidos.
"Estas são canções produzidas aqui na Jamaica, pelos nossos músicos, algumas tem 5 ou até 10 anos, todavia estão em alta no mercado japonês?.

Empresas como as de Narisawa e George abriram o caminho para que muitos artistas jamaicanos visitem o Japão.



Revelação

No ano passado, dois irmãos chamados de SOJAH foram de visita ao Japão, convidados pelo produtor Japonês Dr. Money. O negócio da música reggae no Japão é muito rentável, afirmam aqueles que trabalham na indústria musical. Apesar de muito poucos conhecidos na Jamaica, o mencionado Duo, Pon Di Corner, alcançou o primeiro posto do Top japonês em 2005.

Eles fizeram 7 apresentações em público, cobrando cerca de US$2.500 por cada uma. Estima-se facilmente que um artista pode ganhar entre os US$5.000 e os US$7.000 por show.
Um dos irmãos, que se chama Konscience, afirmou que não tinha ideia que eram tão conhecidos no Japão.

"Quando chegamos, reparamos que tocavam a nossa música na rádio e nos Soundsystem`s. Tudo isto foi uma grande revelação?, disse ele. ?Os fãs no Japão estão loucos pela música, não só querem escutar as canções, querem falar jamaicano, caminhar como os jamaicanos e até cantar como os Jamaicanos?. SOJAH estão pensando em voltar ao Japão neste mês de Setembro para promover o seu novo álbum.

Estas duas nações podem estar muito distanciadas, culturalmente ou geograficamente, mas ao que parece, estão muito unidas pela difusão da música reggae.

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